Desde 2008 a Escola Municipal Dr. Pompeu Sarmento trabalha com o Programa Escola Aberta, através da iniciativa e empenho da Professora Maria José Bernardino, juntamente com a Diretora Marileide dos Santos, foi possível realizar este sonho de manter a escola aberta para ofertar a Comunidade mais conhecimento. Este mês tivemos a oportunidade de expor algumas das produções dos participantes do Programa no Centro da cidade de Maceió.
terça-feira, 29 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Água fonte de vida
Água fonte de vida
É o lema da Campanha da Fraternidade 2004
É o lema da Campanha da Fraternidade 2004
por Costanzo Donegana

BEM PÚBLICO
A água foi sempre considerada como um “bem público”, porque é direito e patrimônio de todos os seres vivos: os seres humanos, os animais e os vegetais. A água está diretamente ligada à vida. Podemos ficar semanas sem comer, mas, sem tomar líquidos, uma criança morre dentro de cinco dias e um adulto, dez.
Todos temos diante dos olhos as imagens desoladoras do sertão em período de seca: terra ferida por rachaduras profundas, árvores ressequidas, carcaças de animais abandonadas na poeira, crianças desnutridas com os olhos inexpressivos: morte é a palavra que define este cenário. Mas basta uma chuva benéfica e tudo retorna a viver: a vida escondida reaparece, como chamada por uma voz misteriosa. Mas, nem sempre é possível sarar todas as feridas impressas nos seres humanos e na natureza.
Este “bem público” não é tão “público” como deveria. Para falar só do Brasil (que possui uma riqueza hídrica invejável), 20% da sua população não tem acesso à água potável, 40% da água das torneiras não é confiável, 50% das casas não têm coleta de esgotos e 80% do esgoto coletado é lançado diretamente nos rios, sem qualquer tipo de tratamento. Isso produz conseqüências negativas na saúde que, sobretudo no caso das crianças, são mortais.
Um olhar rápido sobre o uso das águas no Brasil pode mostrar como ele é inadequado e dar uma explicação global da subtração da água a uma parte considerável da população: a irrigação consome 63% e a indústria, 5%, enquanto o consumo humano é de 18% e o animal, de 14%. Um detalhe sobre a agricultura leva a reflexões preocupantes: para produzir uma tonelada de grãos, são necessárias mil toneladas de água!
A essas utilizações da água, acrescente-se navegação, pesca e lazer, mas, sobretudo, a geração de eletricidade, que, no Brasil, provém em 97% das usinas hidrelétricas, que necessitam dos lagos artificiais. Em conseqüência, são as usinas que regulam a vazão de muitos rios.
CRISE DA ÁGUA
Estes acenos legitimam a expressão, hoje comum, de “crise da água”. “Não é apenas uma carência quantitativa, mas também qualitativa. A destruição dos mananciais, devido, principalmente, à devastação das matas ciliares, a contaminação dos mananciais por agroquímicos, resíduos industriais, metais pesados dos garimpos, esgotos urbanos e hospitalares, além do aumento do consumo na agricultura (irrigação), pecuária, indústria e consumo humano, projetam uma imagem de ‘escasseamento progressivo’ das águas” (Texto-base da CF, n.37).
Diante dessa crise, têm sido avançadas muitas propostas de solução, que podem ser resumidas em duas, opostas entre si: a água como negócio ou a água como vida. A primeira vê na água uma mercadoria como muitas outras, um valor econômico que pode ser comprado e vendido. Sendo que agora está surgindo o problema da escassez da água, pode-se aproveitar para geri-la conforme as leis do mercado, transformando-a em objeto de lucro.
Isso está acontecendo em todos os níveis, do proprietário de um terreno onde há uma nascente, que cobra o uso da água dos vizinhos, à multinacional que privatiza a água de um lugar para lançá-la no mercado. Como a Nestlé, proprietária de 68 companhias de água engarrafada, que tira água do lago Michigan, nos Estados Unidos, com um lucro de cerca de 1,8 milhões de dólares por dia. 65% dessa água deixa a região, para ser vendida em outros lugares.
A outra proposta quer preservar a água em favor da vida, racionalizando seu uso, sem permitir que seja objeto de compra e venda. A água é considerada no seu valor biológico, como fonte de vida; no seu valor social, como bem para todos, que exige um controle social; no seu valor simbólico e espiritual, como elemento cultural e religioso; na sua dimensão ecológica, no contexto da biodiversidade e da preservação do ambiente. O controle sobre a água não deve ser feito pelos mecanismos do mercado, mas por organismos públicos e democráticos.
Já se fala em guerra da água, como recentemente se falou em guerra do petróleo. Para que isso não aconteça, “(...) faz-se importante uma revolução na maneira de considerar a água (...). Devemos ver a água como bem destinado à vida de todos, e mesmo de todo ser vivo, e por isso um Direito Natural inalienável, sobre o qual cabe a gestão democrática e participativa” (Id. n.146). Para isso, devemos despertar a consciência de nossa co-responsabilidade no que se refere à água.
Todos: pessoas, comunidades, escolas, meios de comunicação, instituições políticas, jurídicas, sociais, culturais e religiosas devem ser conscientizados sobre esse assunto.
ÁGUA PARA TODOS

Manifestar solidariedade com as populações das periferias, muitas vezes privadas ou limitadas no uso da água e obrigadas a ocupar áreas de risco. É importante apoiá-las em suas organizações e lutas pelo acesso à água de qualidade e moradias em segurança. Unir Fome Zero com Sede Zero (construir um milhão de cisternas em cinco anos no semi-árido). Cada paróquia arrecade pelo menos o valor de uma cisterna (mil reais) para solidarizar-se com uma família do semi-árido. A água é um bem fundamental e hoje coloca as pessoas e a sociedade diante de uma escolha radical: ou o lucro ou a vida.
Esta matéria foi tirada do Texto-Base da CF 2004
Objetivos específicos da Campanha da fraternidade 2004
- Conhecer a realidade hídrica do Brasil a partir da realidade local.
- Desenvolver uma mística ecológica, que resgate o valor da água nos seus fundamentos mais profundos.
- Apoiar e valorizar as iniciativas já existentes no tocante ao cuidado com a água, preservação das águas, captação de água de chuva e recuperação de mananciais degradados.
- Provocar e alimentar a solidariedade entre quem tem água e quem não tem.
- Defender a participação popular na elaboração de uma política hídrica, para que a água seja, de fato, de domínio público, e seja gerenciada pelo poder público com participação da sociedade civil e da comunidade local.
Palestra sobre a Água do nosso planeta
Um grupo de palestrantes da Secretaria Municipal de saúde proporcionou à escola uma Palestra sobre as condições da água no nosso planeta e como preservá-la.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Início
Hoje iniciamos a construção deste blog com a finalidade de poder interagir com os alunos através do uso das mídias.
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